quarta-feira, 31 de março de 2010

Porque o Brasil precisa de Marina Silva

Publicado em 30/03/201
wiki repórter
luizeugenio
Aquidauana-MS



Senadora Marina Silva redimensiona a disputa ao planalto. - Foto: wordpress

A contribuição de Fernando Henrique Cardoso na construção do fenômeno conhecido como estabilidade econômica, os discutíveis, porém inegáveis avanços sociais obtidos por Lula e sua troupe, apontam que o País encontra-se numa fronteira estratégica, daquelas que colocam o futuro de uma nação no liame. Após a democratização conquistada pela sociedade ao longo de mais de 20 anos de ditadura militar, alguns parâmetros foram definidos no interior da dinâmica republicana.

Neste sentido, o aspecto econômico revela-se o mais nítido demonstrativo prático teórico de tais parâmetros. Excluindo-se os obscuros processos de privatização impetrados e executados pelos intelectuais de FHC, num claro e servil atendimento aos ditames do consenso de Washington, além, é claro, da manutenção, pelo bando de economistas do governo Lula, dos grandes esquemas especulativos do setor bancário, a economia parece configurada a se organizar a partir de um sistema que garanta ao Estado o dever e o poder de prover a sociedade de alguams conqusitas básicas, elementares até no campo da cidadania.

Representam bem este fator o fortalecimento das agências reguladoras dos serviços de alcance público. A última grande crise do capitalismo global deixou bem clara a necessidade dos organismo do Estado se fazerem presentes e ativos nos mecanismos do mercado, tendo ainda o comprometimento de arcar com a salvaguarda da estabilidade política e social. O que se estabeleceu pode ser uma relação dialética, na qual estíumulos protagonizados pelo Estado tendem a promover melhorias na qualidade vida da população. Vê-se que estamos perto do limo. Está colocada a necessidade de uma liderança política capaz de mobilizar a sociedade em direção aos avanços que dignificariam a vida em nosso país.

Qualquer cidadão minimamente informado deve compreender que está na hora de cruzar a linha da mesmice e proporcionar à nação a reestruturação de prioridades, principalmente aquelas que podem colocar em pauta aspectos geralmente excluídos dos modorrentos e limitados debates atuais, centrados nas candidaturas de Serra e Dilma. Entre estes fatores, podemos citar a definição de uma política de exploração racional dos recursos hídricos nacionais, o esclarecimento estratégico da exploração dos recursos minerais com ênfase republicana à questão do pré-sal, produção de energia sem deixar de colocar a educação no centro das ações e elaborar finalmente um projeto revolucionário para este setor, fugindo radicalmente da demogagia dominante que norteia a disputa ao plananlto.

Dizer que o Brasil "precisa" de Marina Silva significa afirmar com convicção que é necessário avançar em debates profundos e estratégicos para reescrever a história do Brasil. Somente uma liderança radical e cândida como a senadora acreana tem o perfil adequado para incorporar novos valores ao expectro político brasileiro. Marina denuncia as obscuridades da política brasileira com clareza, humilde o suficiente para admitir que o arrogante Lula - ao lado de Chico Mendes - foi um dos principais tutores de sua formação política.

É também crítica o suficiente para expor os equívocos estratégicos deste e de qualquer governo além de encantar com singeleza, simplicidade e brasilidade a todos que param para ouvi-la. Acalma a dor civil provocada pela falta de horizontes, sacia a carência objetiva da majoritária política brasileira atual, desafia uma nação com a meiguice de seu olhar amazônico... Afinal: o que queremos deste País? O lodo do mais ou menos ou o resgate de nossas mais puras utopias?

Corrupção - é tudo ou nada!



Chegou a hora: dia 7 de abril será a votação do Projeto de Lei Ficha Limpa. Nossos deputados têm uma escolha -- votar a favor da lei e remover criminosos da política, ou ficar do lado dos corruptos ao custo de toda a nação.

Não será uma vitória fácil, forças corruptas estão resistindo – somente uma mobilização massiva poderá vencê-los. Esta é a reta final para pressionar nossos deputados a votarem a favor da política limpa no Brasil -- vamos inundá-los com mensagens - envie a sua:

http://www.avaaz.org/po/vote_ficha_limpa/?vl

Se a Ficha Limpa passar, candidatos que cometeram crimes sérios como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e assassinato, serão removidos das eleições de outubro. Este pode ser um enorme passo para livrar o Brasil de uma classe política corrupta.

Através de muita pressão popular do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e da Avaaz, nós ajudamos a introduzir esta lei e aprová-la para votação. Porém se ela passar, vários partidos políticos irão ver seus candidatos desqualificados das eleições de outubro, portanto muitos vão tentar barrá-la no Congresso. Nós não podemos perder esta oportunidade histórica – vamos mobilizar milhares de brasileiros nesta reta final -- envie uma mensagem:

http://www.avaaz.org/po/vote_ficha_limpa/?vl

Em um movimento histórico, mais de 1.6 milhões de brasileiros já levantaram as suas vozes contra a corrupção na política. Nós não podemos perder agora -- cada nome conta – encaminhe este alerta para todos que você conhece!

Com esperança,

Alice, Graziela, Paula, Paul, Ricken, Pascal, Benjamin, Ben e toda a equipe Avaaz

Saiba mais sobre a Ficha Limpa:

Site do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral:
http://www.mcce.org.br/

Projeto Ficha Limpa deve ser votado pela Câmara dia 7 de abril:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/23/politica,i=181531/PROJETO+FICHA+LIMPA+DEVE+SER+VOTADO+PELA+CAMARA+DIA+7+DE+ABRIL.shtml

Movimento online renue 200 mil brasileiros em torno de campanhas como "Ficha Limpa":
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/03/09/movimento+online+reune+200+mil+brasileiros+em+torno+de+campanhas+como+ficha+limpa+9421354.html

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral consegue assinaturas necessárias para levar Projeto Ficha limpa ao Congresso:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/09/17/politica,i=142687/MOVIMENTO+DE+COMBATE+A+CORRUPCAO+ELEITORAL+CONSEGUE+ASSINATURAS+NECESSARIAS+PARA+LEVAR+PROJETO+FICHA+LIMPA+AO+CONGRESSO.shtml

terça-feira, 30 de março de 2010

Dia Mundial da Juventude


2010,terça-feira



Durante o Jubileu da Redenção em 1984, o Papa João Paulo II confiou aos jovens do mundo inteiro, uma cruz feita de duas traves de madeira como símbolo de fé. Esta cruz tornou-se o símbolo do Dia Mundial da Juventude. Como os jovens participam no dia Mundial da Juventude, assim também a Cruz viaja pelo mundo inteiro e suplica aos jovens que aprofundem a sua fé e a vivam com sinceridade. As Graças que têm acompanhado a Cruz são numerosas, e tem sido recebida como um dom de Deus para os jovens e para a Igreja.

sites.uol.com.br/neocatecumenato/acruz.htm

segunda-feira, 29 de março de 2010

Marina diz que sistema de saúde beira colapso

domtotal.com

confira a reportagem de Claudio Dias publicada pelo O Estado de S.Paulo, 28/03/2010
Em entrevista coletiva, a pré-candidata criticou os seus prováveis adversários à sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), por basearem seus discursos na defesa do trabalho dos presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sem questioná-los. "O PSDB e o o PT apostam no plebiscito pensando no Fernando Henrique e no Lula. Respeito os dois, mas eles também cometeram erros", destacou Marina. Para ela, espelhar-se no antecessor constitui um risco, principalmente em uma eleição em dois turnos.

Indagada sobre o debate nacional em torno do aborto, Marina disse que o assunto ainda deve ser melhor analisado. "Precisam ser avaliados aspectos sociais, espirituais e muitos outros", afirmou. "Todos sabemos que as mulheres que fazem o aborto não o fazem porque querem. Se fez, foi em um momento de desespero e não podem ser satanizadas."

Para a senadora, a liberação do aborto, hoje considerado crime previsto pelo Código Penal, com pena de um a três anos de detenção, não cabe ao presidente. Se for eleita, a pré-candidata do PV deve propor um plebiscito para que a sociedade decida.

O presidente Lula foi elogiado pela senadora por ter conseguido manter o equilíbrio financeiro no Brasil durante a crise econômica. Ela criticou, no entanto, outras questões de seu governo. Na educação, observou, só 55% dos alunos que ingressam no ensino fundamental terminam os estudos.

Ao falar às mulheres, Marina destacou conquistas obtidas ao longo dos anos, citando a Lei Maria da Penha, que pune com prisão agressores de mulheres. Por outro lado, porém, ressaltou que não gosta de se apresentar como vítima. "A mulher também não pode transformar tudo em preconceito", disse. "Se alguém discorda de mim não posso alegar que é porque sou mulher. A mulher tem que se colocar no lugar dela e ser feminina, não ficar masculinizada."

Marina não sabe ainda quando anunciará oficialmente sua candidatura. O mais provável é que aguarde as reuniões do partido no meio do ano. Por enquanto ela participa de debates internos, para a reformulação do programa do PV, ao mesmo tempo que dialoga com assessores mais próximos a respeito do provável programa de governo.

Ontem, faixas, bandeiras e gritos anunciando "Marina Silva presidente" já puderam ser vistos e ouvidos em Araraquara.
Jornal O Estado de S. Paulo

domingo, 28 de março de 2010

O impacto da comunicação digital nas ações políticas

Internet, política e ambientalismo
f@biano.com.br




Transportando a eficácia da internet como ferramenta de comunicação para a política, Fabiano Carnevale explicou como o PV enxerga as possibilidades de relacionamento com seus eleitores. “O político ainda vê a internet como um canal de propaganda e marketing. A internet é um canal com a capacidade de mudar a política”, salienta o profissional, citando o deputado federal Fernando Gabeira como um exemplo de parlamentar que sabe usar os recursos digitais. “Ele está atuando na web desde 98 e sempre apostou nela como um espaço para trabalhar as ações políticas”.
Fabiano, no entanto, é cético em relação ao papel decisivo que a internet pode ter nas eleições de 2010. “Eu não acho que a internet vai eleger nem derrubar candidato. O papel da web começa na rua, vai para as redes, volta para a rua e cria-se uma dinâmica. A internet não vai resolver todos os problemas da humanidade”, pondera, diminuindo a importância da ‘estratégia’ criada atualmente pelos partidos. “Cada militante cria sua própria estratégia e transmite para outros. O que fazemos é apenas municiá-los. Você não consegue mais controlar esses milhares de transmissores”.
O secretário de comunicação do PV acha que será cada vez mais reduzido o número de políticos pré-fabricados, sem passado e sem propostas. “Não sei se vai ser na próxima eleição, talvez na outra. Mas será cada vez menor o espaço do candidato vendido pelo marqueteiro”.
Especialista no assunto, Lula Vieira concordou plenamente com a afirmação de Fabiano. “A internet nos mostra todos os dias que o pré-fabricado não existe mais. O Jânio Quadros viajou o País inteiro e criou um tipo. Hoje, isso seria impossível, pois acompanhamos o candidato o tempo todo. O profissional que cair na besteira de tentar fabricar um político fica sem nada na mão. Existe eleitor para toda linha política, da adoção de cachorros até a economia global. Agora, essa ideia de inventar político morreu. Cada vez mais quem tem valor chegou lá porque tem algo dentro de si”, argumenta.

OS VERDES REUNIDOS NO VERDE



Hoje (28) às 17 horas , os verdes estarão reunidos no Parque Mãe Bonifácia para uma caminhada ecológica e mobilização de pessoas para o Movimento Marina Silva.
Venha participar desse movimento!
Juntos poderemos mudar a história do Brasil!

Parque Mãe Bonifácia



O parque Mãe Bonifácia é um parque urbano localizado no município brasileiro de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso. O parque foi inaugurado em dezembro de 2000 e está localizado na Avenida Miguel Sutil, em uma área de 77 hectares.

Seu nome deu-se em homenagem a uma curandeira, escrava refugiada, conhecida por Mãe Bonifácia. Além do curandeirismo, Mãe Bonifácia controlava o acesso ao quilombo (a área era habitaba por quilombolas). O parque possui cinco trilhas e cinco postos com equipamentos de ginástica, mirante, centro de educação ambiental e praça cívica.

No local, pode-se ver a vegetação típica do cerrado, especialmente na época de florada, que ocorre por volta de agosto. Os visitantes também podem ver alguns habitantes do cerrado, como o sagüi e outros pequenos primatas que vivem cruzando as trilhas do parque.

Além das atrações naturais, o parque também é o centro de várias atividades sociais e lazer, promovidas por empresas, ONGs e entidades estatais.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Marina Silva visita Pernambuco nesta terça-feira

Passagem da senadora vai durar três dias; palestra, plantio de árvores e ida à Paixão de Cristo de Nova Jerusalém estão agendados
Da Redação do pe360graus.com

A senadora do Marina Silva, do Partido Verde, vai realizar uma visita de três dias em Pernambuco. Ela chega ao Estado nesta terça-feira (30). Entre os compromissos da agenda, está um sobrevoo de helicóptero no Porto de Suape, no Recife e a realização de uma palestra em Caruaru. Ela vai aproveitar ainda para assistir a um espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém.

Durante a visita, todo o CO2 emitido nos deslocamentos será compensado com plantio de árvores. Na quarta-feira (31), ela vai plantar 110 árvores no Colégio XV de Novembro.

No dia seguinte, ela realiza, no auditório da Rádio Difusora, em Caruaru, uma palestra sobre desenvolvimento sustentável. A entrada é aberta ao público.

sábado, 27 de março de 2010

Segundo Datafolha, Serra abre 9 pontos sobre Dilma

Agência Estado
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 27, mostra o pré-candidato do PSDB à presidência, o governador de São Paulo, José Serra, nove pontos à frente da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, realizado nos dias 25 e 26 de março, o tucano tem 36% das intenções de voto, enquanto a petista aparece com 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.


O deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, ficou com 11%, de 12% na pesquisa de fevereiro, e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC) permaneceu estacionada com 8%. Dos 4.158 brasileiros com mais de 16 anos entrevistados, 7% disseram que vão votar branco, nulo ou estão indecisos e 11% não souberam responder.

No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano também venceria por uma diferença de nove pontos. Serra aparece com 48%, contra 39% de Dilma. Em fevereiro, os porcentuais eram de 45% e 41%, respectivamente.

De acordo com o Datafolha, o pré-candidato Ciro Gomes registrou o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis neste mês, com 26%, seguido por Serra, com 25%. Dilma aparece na sequência, com 23%, e Marina Silva tem 22%. Em fevereiro, Serra liderava as rejeições, com 26%, enquanto Dilma e Ciro tinham 23% e 21%, respectivamente. A pré-candidata do PV tinha 19% de rejeição no mês passado.

O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa Datafolha foi registrada sob o número 6617/2010.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cultura negra brasileira agora em site



O brasileiro Filó Filho e a inglesa Vik Birkbeck há três décadas andam com uma câmera nas mãos, captando imagens de manifestações, depoimentos e qualquer outro evento ligado à cultura negra brasileira. Com olhares diferentes sobre um mesmo foco e com o objetivo de tornar o acervo de fácil acesso ao público, os dois digitalizaram todo o material e criaram o site www.cultne.com.br . São cerca de mil horas de imagens, gravadas originalmente em VHS e disponíveis para visualização e download.
No site é possível encontrar cenas raras, como as visitas de Nelson Mandela e de Desmond Tutu ao Rio de Janeiro, depoimentos de personalidades como Pelé, Abdias do Nascimento, Gilberto Gil, Lélia Gonzales, Paulo Moura, Ruth de Souza, Zezé Motta e Grande Otelo, além da campanha feita para o centenário da Abolição em 1988. Há também registros dos bastidores da gravação do clipe de Michael Jackson, com o Olodum, na Bahia em 1996, registrados por Vik; e do show de James Brown no Rio de Janeiro, em 1988, exibido no programa Radial Filó, apresentado por Filó Filho, na extinta TV Rio, na década de 80.

Nos dias 24, 25 e 26, o ciclo de palestras e debates continua no Cinema Nosso (Rua do Resende, 80 – Lapa), com entrada gratuita. Entre as presenças confirmadas estão, além de Vik (Enúgbarijo Comunicações, que significa “boca coletiva”, em iorubá) e Filó (Cor da Pele Produções), Antônio Pitanga, Zulu Araújo (presidente da Fundação Palmares), Carmen Luz (diretora do Centro Coreográfico) e Ras Adauto (cineasta brasileiro radicado em Berlim, que criou a Enúgbarijo Comunicações com Vik).
No dia 27, o evento será encerrado com a festa Usafricarib, no Estrela da Lapa (Avenida Mem de Sá 69 – Lapa), com ingressos à venda no local. A programação na íntegra está disponível no site www.cultne.com.br . O projeto é uma realização do Celub (Centro de Cultura Urbana) e tem o patrocínio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.

Desigualdade é um dos maiores desafios das cidades da América Latina

25/03/2010
Relatório do UN-Habitat revela que os processos de urbanização não contribuíram para a redução da desigualdade social e da pobreza; região tinha 561 milhões de habitantes em 2007, quase 25% desse total formado por pessoas que viviam com menos de US$2 por dia.



Desigualdade social

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.


A desigualdade continua sendo um dos maiores desafios das cidades da América Latina e do Caribe.

Essa é uma das principais conclusões de um estudo sobre a região lançado nesta quinta-feira durante o 5º. Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro.

Altos

O primeiro relatório 'Estado das Cidades da América Latina e Caribe' foi produzido pelo Escritório Regional do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, UN-Habitat, em parceria com a Federação Latinoamericana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais e a Assembleia Geral de Ministros e Autoridades Máximas de Moradia e do Urbanismo para a América Latina e o Caribe.

O documento mostra que houve ligeira redução da desigualdade e da pobreza entre 1990 e 2008, em países maiores como o Brasil e o México, mas os níveis ainda são muito altos se comparados com o restante da região.

A Colômbia tem uma das maiores taxas de desigualdade da América Latina e a Venezuela se destaca por ser a única a reduzir os índices entre as nações de rendimento médio.

Pobreza

Segundo o relatório, a região tinha 561 milhões de habitantes em 2007, quase 25% desse total formado por pessoas que viviam com menos de US$2 por dia, e 10% em estado de pobreza extrema, com menos de US$1. A pobreza afeta entre 12% e 19% da população brasileira.

O documento também ressalta que algumas cidades latinoamericanas vem contribuindo para a urbanização adequada. Durante o lançamento no Rio, a diretora do escritório do UN-Habitat para a região, Cecilia Martinez, destacou o intercâmbio entre gestores municipais da Argentina, Brasil, Colômbia e outros países.

Ela ressaltou, no entanto, que os processos de urbanização não contribuíram para a redução da desigualdade social e da pobreza, que continuam aumentando, estimuladas por altas taxas de desemprego e baixos salários.

Fonte: http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/178028.html

Mato Grosso poderia ter avançado mais na Redução do desmatamento

21/03/2010 20:32

Desde que começou o arrocho do Ministério do Meio Ambiente para uma Redução do desmatamento na Amazônia, Cuja área caiu de 27 mil km2 em 2004 para 12 mil km2 em 2007, Mato Grosso tem cumprido a sua parte, mas poderia ter feito mais - Afirmou uma ex-ministra do MMA e atual senadora, Marina Silva, na palestra que proferiu sexta-feira à noite no Auditório dos Advogados da Ordem do Brasil diante de um público de mais de 100 pessoas. Saudada pelo presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB, André Luiz Cardozo Santos - que representou o presidente Cláudio Stábile Ribeiro - que em razão de outros Compromissos assumidos anteriormente não Pôde assistir uma palestra, Marina Silva foi aplaudida diversas vezes pela platéia Em função de seu posicionamento em defesa do Meio Ambiente da gigantesca área.

A senadora discorreu sobre o tema "Ética e Sustentabilidade", enfatizando que "temos que incorporar uma ética dos valores, que não se confunde com uma ética pressupostos em petrificada do passado e tampouco se confunde com uma ética oportunista, segundo a qual o que não me interessa é anti-ético e o que me beneficia é ético ", o que implicaria na sua relativação, lembrando que uma ética Deve Ser Fundamentais guiada por valores como liberdade, verdade e justiça, todos inerentes à condição humana. Ela destacou ainda o importante papel da OAB na defesa desses valores e na transformação da sociedade, quando o Brasil Viveu mais de duas décadas sob o regime ditatorial implantado nenhum País em 1964. .

Ao se referir ao trabalho que Mato Grosso vem Desenvolvendo para Controlar os desmatamentos, Marina Silva manifestou uma grande preocupação com Aprovação um ainda, provavelmente nenhum mês em curso, do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico do Estado, Através de um substitutivo. Lembrou um palestrante que esse projeto vem sendo discutido há 19 anos com a sociedade e não pode ser aprovado num curto período de três meses. A Aprovação do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, com as mudanças que foram feitas no Projeto original, prevê, inclusive, redução de Áreas de Preservação Ambiental e de reservas indígenas, com uma incorporação das sobras das áreas ao processo produtvo. Os defensores do ZSEE novo justificam que o projeto original está defasado e precisa ser adequado.

No decorrer de sua palestra, a ex-ministra lembrou que o processo para Redução do desmatamento e de outras agressões ao meio ambiente foi acelerado com o desencadeamento da Operação Curupira em 2005, em Mato Grosso, com uma desarticulação e de uma poderosa quadrilha que durante 14 anos vinha devastando grandes áreas, ilegal e criminosamente Extraindo Madeira. Dezenas de pessoas - funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, servidores públicos estaduais, empresários, despachantes, madeireiros, etc - foram presos pela Curupira. Marina Silva disse que foi com muita tristeza que acompanhou algumas dessas Operações, pois sabia que os cumprimentos de mandados de prisão aquela hora - 5h30, 6 horas ... - IAM afetar esposas, filhos e vizinhos dos Denunciados.

Ao final da palestra, Marina Silva foi cumprimentada públicamente pelos procuradores da República José Pedro Taques, de São Paulo, e Mário Lúcio Avelar, de Mato Grosso, além do secretário de Estado do Meio Ambiente - Sema, Luís Henrique Daldegran. Participaram ainda da mesa de honra Valquíria de Carvalho Azevedo, da CMA, o secretário municipal de Meio Ambiente, Archimedes Pereira Lima Neto, eo vice-presidente da CMA da OAB, Bathilde Jorge Moraes Abdala.

quinta-feira, 25 de março de 2010

MOVIMENTO MARINA SILVA por um Brasil democrático e sustentável

Uma mensagem a todos os membros de MOVIMENTO MARINA SILVA

Texto publicado por Marina em seu blog:


Vocês já sabem: o aquecimento global é uma das grandes preocupações do momento. Pesquisas recentes indicam que uma ligeira variação na temperatura do planeta pode inviabilizar a vida ou, pelo menos, causar
grandes transtornos para a humanidade.


No próximo sábado, pessoas de todo o planeta se unirão para demonstrar às autoridades mundiais a sua preocupação com esse problema que atinge todos nós. A Hora do Planeta é uma maneira simples mas também poética para qualquer um se manifestar.

A proposta é muito simples: vamos apagar as luzes por uma hora, entre 20:30h e 21:30h. Como muitas pessoas participam, o efeito é monumental.
Bairros e cidades inteiros escurecem quase no mesmo instante.

Além de apagar as luzes da sua casa, você também pode ajudar avisando e incentivando os seus amigos e familiares a participarem. Faça isso e
depois me conte se essa não foi uma experiência emocionante.

Visite MOVIMENTO MARINA SILVA em: http://www.movimentomarinasilva.org.br/?xg_source=msg_mes_network

quarta-feira, 24 de março de 2010

Marina decide abrir mão de marqueteiro

Folha de S. Paulo - SP


Para comando do PV, imagem da senadora não precisa ser maquiada; ideia é explorar origem humilde da pré-candidata

Da Redação

A campanha presidencial da senadora Marina Silva (PV-AC) não contará com a figura de um marqueteiro. A decisão é da própria ex-ministra e do comando do partido.

A alegação é que a imagem de Marina não precisa ser moldada nem maquiada. Para a equipe da ex-ministra do Meio Ambiente, o forte da campanha eleitoral será, sem moldes, o olho no olho com os eleitores, explorando a origem humilde e a história de vida da candidata.

A partir de julho, quando começa oficialmente a campanha, a ideia do PV se limita a contratar uma empresa que cuide da direção de arte dos programas de TV e escalar assessores específicos para palpitar sobre imagem, figurino e tom de voz da candidata.

"A gente não terá a figura de um marqueteiro, até porque a gente não acha que a imagem da Marina deva ser transformada ou vendida como um produto", afirma o vereador carioca Alfredo Sirkis (PV), um dos coordenadores da campanha.

"Isso [dispensa de um marqueteiro] não é uma decisão inocente nem surgiu pela falta de recursos. O mais forte que temos é o olho no olho da Marina com as pessoas", completa.
Outra justificativa do PV para descartar a contratação de um publicitário vai na linha segundo a qual a senadora acriana não decola nas pesquisas de intenção de voto por ser desconhecida pela população, e não pela taxa de rejeição.

Segundo recente pesquisa Datafolha, do final do mês passado, só 56% dos brasileiros sabem quem é Marina, ante 86% de Dilma Rousseff (PT) e 96% de José Serra (PSDB). Entre os entrevistados que declararam saber quem ela é, 30% a conhecem "de ouvir falar" e 19% "só conhecem um pouco".

Rejeição

Por outro lado, segundo o mesmo levantamento, a taxa de rejeição da pré-candidata do PV é de 19%, contra 23% de Dilma e 25% de Serra.
Para torná-la mais conhecida, o comando de campanha tem encaixado a senadora em eventos Brasil afora. Com base em pesquisas, tem focado as agendas nas classes populares e no público feminino -nesta semana, por exemplo, deve se encontrar com trabalhadoras rurais, em Araraquara (SP).
Para preservar a imagem da ex-ministra, o PV tem adotado um estilo cauteloso nas discussões de alianças para a eleição. O partido disse "não" a algumas legendas nanicas que o sondaram por um apoio formal.

A avaliação é que essas siglas (conhecidas como legendas de aluguel) somariam pouco ao tempo de TV e, por outro lado, vinculariam a ex-ministra a grupos que pouco têm a ver com sua trajetória política.

O PV deve mesmo caminhar sozinho nas eleições. Sem os nanicos, também não conseguiu atrair outros partidos, como PPS (com o PSDB) e PDT (com Dilma), além de ter deixado de lado as negociações com o PSOL.

terça-feira, 23 de março de 2010

Marina não precisa de ‘plástica na imagem’, diz coordenador de campanha


A senadora Marina Silva (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Marina não precisa de ‘plástica na imagem’, diz coordenador de campanha
Campanha da senadora à Presidência não terá marqueteiro.
Alfredo Sirkis rejeita 'marqueteiro da pesada' e campanha 'pirotécnica'.


Maria Angélica Oliveira
Do G1, em São Paulo

A coordenação da pré-campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República decidiu não contratar um marqueteiro, figura constante nas disputas eleitorais e muitas vezes paga com salários milionários.
"A gente não precisa de alguém que a transforme numa outra mulher, como esses marqueteiros da pesada que mudam o visual e tudo. (...) Não vai ter um mago que iria operar uma cirurgia plástica na imagem dela e transformá-la numa pessoa que ela não é”, diz o vereador do Rio de Janeiro Alfredo Sirkis, coordenador da pré-campanha da senadora.
Segundo ele, há um consenso entre os membros da coordenação de que um dos pontos positivos da imagem da senadora é o despojamento e que isso poderia ser desvirtuado com um programa de TV “pirotécnico”, por exemplo.
“Em pesquisas qualitativas, descobrimos que o forte é ela falando ‘olho no olho’ com o telespectador, o que não é usual porque geralmente as pessoas reagem mal com o político falando na TV, correm com o controle remoto pra mudar o canal da TV”, diz Sirkis.
No lugar do marqueteiro, haverá uma equipe de vários profissionais de comunicação. "Estamos trabalhando com tudo o que os outros terão. Teremos pesquisas, diretor de arte, redator etc. Só não teremos um cara acima do bem e do mal", diz Marco Mroz, outro coordenador da campanha.

Para Sirkis, a presença de marqueteiro numa campanha não é algo "obrigatório".
"Isso de marqueteiro é muito uma coisa do Brasil. Se você olhar a campanha do Barack Obama (presidente dos Estados Unidos), tem um especialista em pesquisa, depois tem o diretor de arte, o roteirista que faz os textos de TV, o outro escreve os discursos, o outro dirige o programa de TV. É uma equipe. Se você perguntar quem é o Duda Mendonça do Obama ou quem é o Duda Mendonça da Hillary Clinton, não existe”, diz Sirkis.
De acordo com ele, o dinheiro que seria gasto para a contratação de um marqueteiro também foi levado em consideração. "Não teríamos jamais recursos pra bancar um cara desse, mas não é apenas por isso. Se tivéssemos, também não seria essa a opção." Já Mroz diz que a decisão não foi tomada em função dessa variável. "Não se pediu orçamento para nenhum marqueteiro", afirma.

domingo, 21 de março de 2010

DIA MUNDIAL DA ÁGUA



22 de março de 2010


Por que deveríamos nos preocupar com a preservação da água se ela cobre dois terços da superfície do planeta Terra?


A razão é que apenas 0,008% do total da água do nosso planeta são potáveis, ou seja, próprios para o consumo.


Esse precioso recurso natural é constantemente ameaçado pela ação predatória do homem, que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, coloca em risco o futuro do planeta.


A poluição, o assoreamento e a degradação dos rios e lagos fazem com que a água potável se torne um recurso cada vez mais escasso.


Movida pela necessidade de conscientização dos governantes e da população sobre a importância da proteção e uso racional das fontes de água potável, a ONU publicou, em 22 de março de 1992, a Declaração Universal dos Direitos da Água.


Desde então, anualmente, esse dia é dedicado à divulgação de ações – grandes ou pequenas – que podem fazer toda a diferença para a preservação da água no planeta.


Venha comemorar esse dia conosco, pois preservar as fontes de água potável é nossa obrigação para com as gerações presentes e futuras!!!


Declaração Universal dos Direitos da Água


Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.


Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.


Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.


Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.


Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Marina quer PV na majoritária em MT


ELEIÇÕES 2010
Maior liderança do Partido Verde no país, a senadora enfatizou ontem que a legenda no âmbito estadual decidirá sobre eventuais composições



SONIA FIORI
Da Reportagem

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata á Presidência da República, defende lançamento de candidatura ao governo do partido em Mato Grosso. Na entrevista coletiva concedida à imprensa, na tarde de ontem, em Cuiabá, a presidenciável do PV enfatizou que a orientação da direção nacional é para construção de projetos próprios nos estados. Marina chegou a Capital no mesmo vôo do procurador da República Pedro Taques. O procurador é cobiçado pelo PV para encabeçar a chapa majoritária.

Convidada a participar do III Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, onde proferiu palestra na tarde de ontem, no Centro de Eventos do Pantanal, ela aproveita a oportunidade para potencializar sua agenda de compromissos. Hoje ela é a principal protagonista de encontro estadual do PV, onde referendará sua orientação para que a sigla concentre esforços para garantir um projeto próprio.

Ela também se encontra neste sábado com o pré-candidato do PSB ao governo, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes. A programação com o empresário, dirigida inicialmente para as questões do segmento, deve ser ampliada para o contexto político. Alguns membros da direção estadual do PV defendem aproximação com o PSB. De quebra, outra ala da legenda avalia a possibilidade de se aliar novamente ao projeto tucano, através da candidatura ao governo do prefeito Wilson Santos.

Preferindo manter o discurso numa linha geral, Marina fez uma avaliação neutra sobre o processo eleitoral em Mato Grosso – onde o partido não dispensa diálogo com outras siglas. Ela citou ainda exemplos de projetos próprios do PV que deverão fortalecer o seu palanque, caso do Rio de Janeiro, que aposta no nome do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) para o governo do Estado.

Lembrou que, por enquanto, a exceção da legenda está constada no Estado do Acre, onde o PV selou apoio ao candidato ao governo, Tião Viana (PT-AC).

Questionada sobre a possibilidade de o PV se aliar ao projeto do PSB estadual, novamente Marina direcionou a decisão do partido para o diretório regional. A senadora fez ainda questão de destacar que o partido deverá levar em consideração o conteúdo programático dos projetos de governo que vem sendo elaborados pelos candidatos – regra válida par ao quadro nacional e nos estados.

NACIONAL -

Pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva enfatizou a defesa pela instituição de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável com base em estudos técnicos e científicos. Lembrou ainda seu respeito pelos presidenciáveis do PSDB, governador de São Paulo, José Serra; do PT, ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff e do PSB, deputado federal Ciro Gomes. Mas cobrou uma campanha com base em debates propositivos.


Fonte: Diário de Cuiabá

quarta-feira, 17 de março de 2010

Marina Silva em Cuiabá




Programação da visita da Senadora Marina Silva em Cuiabá.

Chegada da Marina Silva, no dia 18/03. Uma comitiva do PV, liderada pelo Presidente Estadual Sr. Stopa, irá recepcionar a senadora em sua chegada a Cuiabá.


Dia 19/03, às 9h, encontro com membros do Partido Verde e PV Mulher, no Hotel Deville Cuiabá , na Avenida Isaac Povoas, 1000, Cuiabá - MT, 78043-745.


Às 10 horas na UFMT, no Centro Cultural, encontro com os Jovens.

Às 14horas, 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, no Centro de Eventos do Pantanal.


Às 19 horas na OAB – Palestra para profissionais liberais e sociedade cuiabana- Ética e sustentabilidade (OAB/MT- Centro Político Administrativo.


Dia 20/03, às 8h30 min, encontro estadual dos Verdes - Perspectiva de Mato Grosso Sustentável e Democrático (AMM- Associação Matogrossesnse dos Municípios - Av. do CPA).

Às 10 horas, encontro com Marina Silva e Empresários, no setor de eventos da FIEMT (Porto).

Ás 14 horas, encontro com os religiosos, no Hotel Deville Cuiabá , na Av. Isaac Povoas, 1000 ,Cuiabá - MT, 78043-745, onde abordará o tema : Cidadania e Espiritualidade.

sábado, 13 de março de 2010

Brasil pode vencer a pobreza extrema até 2016, diz Ipea

São Paulo - O Brasil encontra-se diante da oportunidade histórica de praticamente erradicar a pobreza extrema até 2016 e obter o menor índice de desigualdade de renda desde que os registros começaram a ser feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1960. Para atingir esses resultados, o País precisa manter o ritmo de melhorias sociais observado nos últimos cinco anos, segundo o Comunicado da Presidência do Ipea, nº 38, apresentado nesta terça-feira, 12/01, em São Paulo.

O estudo, intitulado "Pobreza, desigualdade e políticas públicas", foi detalhado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, no auditório da Superintendência da Caixa Econômica na Praça da Sé. O documento mostra que, entre 2003 e 2008, a queda média anual na taxa nacional de pobreza extrema (até ¼ de salário mínimo per capita) foi de 2,1%. Já a queda média anual na taxa de pobreza absoluta (até meio salário mínimo per capita) foi de 3,1%.

Caso o desempenho do período 2003-2008 seja projetado para 2016, o Brasil chegará ao ano da Olimpíada no Rio de Janeiro com indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos, aponta o Comunicado da Presidência. O índice de Gini (uma das mais conhecidas medidas de desigualdade de renda), por exemplo, atingiria 0,488 naquele ano, ante 0,544 em 2008. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país. A Itália tem, atualmente, um índice de 0,33, enquanto nos Estados Unidos ele é de 0,46, e na Alemanha, de 0,26.

"Se em 2008 a taxa de pobreza absoluta era de 28,8%, em 2016 pode chegar a 4%. Da mesma forma, a pobreza extrema pode ser reduzida a 0%", afirmou Pochmann, ressaltando que acabar definitivamente com a pobreza é um desafio que nem países altamente desenvolvidos conseguem superar. O presidente do Ipea declarou que o intervalo de 2003 a 2008 foi o melhor período de redução da pobreza no País.

Entre os motivos para essa melhoria, Pochmann destacou a maneira como o Estado se estruturou, desde a Constituição de 1988, para lidar com a problemática da pobreza. "Até 1988, o Estado atendia a população de maneira quase filantrópica, ou não atendia. As grandes estruturas de atendimento armadas desde a Constituição estão em sintonia com aquelas existentes em países desenvolvidos", disse.

"A despeito do crescimento econômico pequeno nos anos 1990, as mudanças evitaram que pudéssemos ter desestruturação social", continuou o presidente do Ipea, que mencionou ainda a descentralização das políticas públicas (com papel maior assumido pelos municípios) e a maior participação da sociedade na conformação e gestão das políticas sociais como fatores preponderantes para os avanços.

Segundo Pochmann, o Instituto divulgará em breve uma outra pesquisa com a mesma temática, analisando a mudança do perfil dos pobres no Brasil nas últimas quatro décadas.

Leia a íntegra do Comunicado da Presidência nº 38 no link: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/comunicado_presidencia/100112Comunicado38.pdf

Veja os gráficos:

http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/120112_ComuPres38.pdf




Fonte: Revista Envolverde

Desigualdade ainda pesa contra as mulheres no mercado de trabalho

Brasília – A segunda década do século 21 começa para as mulheres como terminou o século passado. Elas trabalham mais e ganham menos, ainda que sejam mais qualificadas do que os homens. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, no mercado formal, as mulheres de todos os níveis de escolaridade ganham menos do que os homens com o mesmo grau de formação.

Entre os analfabetos, a renda média mensal em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 614,80 para os homens, enquanto para as mulheres trabalhadoras ficava em R$ 506,95.

Esse fenômeno se verifica entre os trabalhadores com formação em nível superior. A média salarial para esse grau de instrução, à época, era de R$ 3.461,82. No caso dos homens, essa renda subiria para R$ 4.623,98. Se o assalariado fosse mulher, o salário seria de R$ 2.656,47.

Para o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ligada ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existe no mercado de trabalho uma espécie de “segregação ocupacional” na qual as mulheres estão em posições de menor prestígio, formalização e proteção social.

A socióloga Eva Blay, ex-senadora (PSDB-SP) e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP), assinala que as mulheres estão subindo lentamente na hierarquia dos postos do mercado de trabalho. Ela aponta que as relações de trabalho ainda são marcadas pelo machismo. “O mercado resiste em contratar uma mulher por medo de que ela não consiga se impor aos demais trabalhadores homens.”

Segundo a acadêmica, ainda pesa contra as mulheres preconceitos como a falsa ideia de que elas faltam mais ao serviço do que os homens.

Além do trabalho fora de casa, as mulheres precisam se dedicar a atividades não remuneradas, como os afazeres domésticos. Segundo dados do IBGE referentes a 2007, as mulheres de 10 anos de idade ou mais se dedicavam 22,3 horas semanais aos afazeres domésticos contra 5,2 horas dos homens.

“Estamos muito longe de ter uma cultura em que marido e mulher cooperem com esses afazeres”, lamenta Neuma Aguiar, professora de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“A gente é invisibilizada. Parece que lavar e consertar roupa, preparar comida ou cuidar da pessoa doente estão descoladas da produção da riqueza, mas não estão”, critica Fátima Lucena, professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“Participamos da produção da riqueza, mas na hora da distribuição perdemos muito mais do que os homens”, lamenta. Fátima Lucena, no entanto, faz uma autocrítica: “A mulher não é somente vítima, mas também construtora das relações sociais”.

A socióloga Marlise Matos, chefe do Departamento de Sociologia da UFMG, concorda. “Homens e mulheres são socializados em uma cultura tradicional, conservadora, patriarcal, machista. Esse é o caldo cultural que não é privilégio dos homens. Há um ciclo de retroalimentações do qual as mulheres têm responsabilidade porque não quebram”, avalia.





Fonte: Agência Brasil

Emenda garante propaganda em blogs e páginas, mas restringe tratamento privilegiado em sites jornalísticos

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) divulgou na terça-feira (dia 8) o texto da emenda de relator a ser apresentada em Plenário ao projeto de lei que trata da reforma eleitoral (PLC 141/09). A emenda, que pode ser votada nesta quarta-feira (dia 9), permite a livre manifestação do pensamento em blogs assinados por pessoas físicas, redes sociais, sítios de interação e de mensagens instantâneas, entre outras formas de comunicação na internet.

Fica permitido, portanto, nos blogs e demais formatos, fazer propaganda eleitoral de candidato, partido político ou coligação, bem como dar tratamento privilegiado a qualquer um destes. Já as empresas de comunicação social na Internet e os provedores com conteúdos próprios terão de atuar de maneira imparcial: Não poderão dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação, sem motivo jornalístico que justifique, a partir do dia 5 de julho do ano da eleição.

De qualquer forma, a proposta veda o anonimato e assegura o direito de resposta mediante decisão judicial.

Fica ainda proibida, sob qualquer hipótese, para qualquer forma de comunicação na internet, a veiculação de "imagens de realização de pesquisa ou consulta popular de natureza eleitoral que permita a identificação de pessoa entrevistada ou que contenha manipulação de dados, ainda que sob a forma de entrevista jornalística".

Assinada por Azeredo - relator da matéria na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) - e pelo senador Marco Maciel (DEM-PE) - relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a emenda dos relatores prevê multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil para o responsável pela divulgação de propaganda que contrarie as normas estabelecidas. Também o beneficiário estará sujeito a esta multa, desde que se comprove seu prévio conhecimento.

A emenda enfatiza que os provedores de internet e empresas de comunicação social na rede poderão realizar debates entre os candidatos. Elas, no entanto, deverão cumprir as normas previstas para debates no rádio e na televisão.

Em entrevista à saída do Plenário, Eduardo Azeredo afirmou que todos os mecanismos que as pessoas usam na internet são livres.

- A pessoa pode dizer o que quiser, pode fazer campanha para o candidato que quiser. Evidentemente que, se fizer uma campanha ofensiva, o candidato também tem o direito de reclamar na Justiça ou reclamar direito de resposta - afirmou o parlamentar.

Eduardo Azeredo desconsiderou a possibilidade de a reforma eleitoral ser votada nesta terça-feira (8). Afirmou que há poucos senadores na Casa, o que deve deixar a votação para esta quarta-feira (9). O relator reiterou as modificações aprovadas pelos senadores na votação conjunta das duas comissões, como a obrigatoriedade de as rádios comunitárias transmitirem o horário eleitoral; a possibilidade de se efetuar doações por meio da internet, seja por cartão de crédito ou débito, de boleto bancário ou de cobrança na conta telefônica; e a propaganda paga na internet para a campanha à Presidência da República.

Eduardo Azeredo afirmou ainda que ele e Marco Maciel tiveram nesta terça-feira uma reunião com o relator da matéria na Câmara dos Deputados, deputado Flávio Dino, que aprovou a maioria dos pontos alterados no Senado Federal. Mas afirmou que algumas modificações podem gerar polêmica, citando, como exemplo, o fim da impressão dos votos pelas urnas eletrônicas para possibilitar uma auditagem, inovação criada pelos deputados e retirada no Senado.



Fonte: Agência Senado

Para ONU, Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo



Brasília – A Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosas as penas contra crimes de violência doméstica, é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) uma das três leis mais avançadas do mundo, entre 90 países que têm legislação sobre o tema.

Em vigor desde 2006, a lei trouxe várias conquistas, entre elas facilitou a tramitação das ocorrências de violência doméstica e familiar contra mulheres com a criação de juizados e varas especializadas. A primeira foi criada em Cuiabá, onde atualmente existem duas varas, cada uma com cerca de 5 mil processos em tramitação.

Segundo a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara de Cuiabá, a implantação da lei aumentou o registro de ocorrências.

“As pessoas estão convencidas de que dá resultado, que não acaba em cesta básica. Hoje se prende por ameaça, antes que vire homicídio. Bater em mulher era cultural. Estamos mudando essa cultura”, afirmou a juíza.

Já a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT), Laís Cerqueira, destaca que a Lei Maria da Penha esbarra no aspecto punitivo.

“A sociedade ainda não consegue ver a violência doméstica como um ato de violação aos direitos humanos. Temos uma legislação avançada. Garante-se a proteção, mas há dificuldades no aspecto punitivo. Existe resistência em se punir o homem como autor da violência”, destacou.

A mulher vítima de agressão deve se dirigir a uma Delegacia Especial para Mulheres (Deam). Após o registro, a delegacia tem 48 horas para encaminhar a ocorrência ao juizado ou à vara especial que terá prazo igual para analisar e julgar o caso.

Segundo a promotora, hoje as mulheres podem registrar ocorrências policias de forma tranquila e pedir medida de proteção, como o afastamento do marido do lar, a proibição de contato e da visita aos filhos e a perda do porte de arma. Entretanto, em alguns casos, os prazos de tramitação da ocorrência não são cumpridos e muitas mulheres desistem da acusação.

“Na prática esse pedido [de medidas de proteção] não é avaliado pelo juiz sem ter uma audiência com a mulher, para verificar qual o tipo de agressão, se é realmente necessário tirar o homem de casa. Isso, na minha avaliação, já é uma violação à lei”, argumentou.

A promotora considera um retrocesso a decisão sobre a Lei Maria da Penha tomada no dia 24 de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação é de que o Ministério Público só poderá propor ação penal nos casos de lesões corporais leves com a presença da vítima.

“A alegação é de que sendo uma lesão leve, como olho roxo ou braço quebrado com recuperação em menos de 30 dias, o Ministério Público não pode agir independentemente da vontade da vítima, pois estaria interferindo na autonomia da mulher e talvez impedindo uma reconciliação”, criticou Laís Cerqueira.

O Ministério Público do Distrito Federal pretende ir ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão.


Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 12 de março de 2010

Marina Silva vem a Cuiabá dia 19 /03/2010

Politica MT
12/03/2010 | 07h27m



O Partido verde define hoje a programação partidária que contará com com a senadora Marina Silva (PV-AC), que participa do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, no Centro de Eventos do Pantanal, no próximo dia 19. A agenda do diretório regional da sgila prevê uma série de reuniões com a parlamentar, também pré-candidata à Presidência da República. Ela permanece em Cuiabá até o dia 20.

Na Capital, Marina debate as questões pertinentes ao jornalismo ambiental. A presença da senadora no Estado promete estimular as discussões sobre o rumo que o partido terá na eleição deste ano.

De acordo com o presidente estadual do PV, Roberto Stopa, o partido avalia três possibilidades: construir uma candidatura própria, seguir o bloco que trabalha o nome do empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo ou ainda apoiar o PSDB nas eleições de 2010.

Apesar da proximidade do PV com o movimento Mato Grosso Muito Mais, que tem como pilar o PSB e o PDT, Roberto destaca que a sigla ainda não definiu sua posição em relação ao pleito geral. Ao analisar a gestão do governador Blairo Maggi (PR), o dirigente partidário lança novas críticas. Para ele, a administração republicana pecou por não ter implantado políticas públicas condizentes com a necessidade e realidade de Mato Grosso. “Fazem uma condução do setor com punições isso não resolve. Por isso deixamos claro que o PV só andará com os partidos que tiverem programa definido para os avanços nesse setor”, frisou.

Uma comitiva do PV, liderada por Stopa, irá recepcionar a senadora em sua chegada a Cuiabá. Na programação do partido também está prevista entrevista coletiva de Marina.

Marina Silva debate na conferência, às 16h, do dia 19, o tema central das discussões “até onde vai o desenvolvimento que não considera os limites dos ecossistemas?”.





Por: Sonia Fiori
Fonte: Diário de Cuiabá

1ª Feijoada do PV Mulher - 8 de março

Luci, Lis Andréa e Márcia.

Francisco,Nilza e Luci.

Márcia e Lis Andrea.

Lis Andrea, Vereadora Vera , Profº Carlinhos e esposa.

Secretário do Meio Ambiente Archimedes Pereira Lima Neto, prestigiando a 1ª Feijoada do PV Mulher.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Na luta comemoramos os 100 anos do 8 de março

Há 100 anos, Clara Zetkin, dirigente do Partido Social Democrata Alemão, viu aprovada sua proposta de instaurar o 8 de março como Dia Internacional das Mulheres. Essa referência histórica, por si só, já seria suficiente para demarcar a data com seu sentido principal: a luta. Foi nesse caminho que as mulheres foram para as ruas em todas as partes do mundo, inúmeras vezes: pelo direito ao voto, a salários iguais, para denunciar a violência cotidiana a que são submetidas, desde a humilhação doméstica à mais brutal violência física.

Em um país com uma das piores desigualdades sociais do mundo, com concentração de terra, renda e poder não mãos de uma elite, marcado profundamente pelo latifúndio e pela exploração imperialista, os impactos recaem fortemente sobre as mulheres. De acordo com uma pesquisa da UFRJ, 80% do total de pessoas sem acesso à renda no Brasil são mulheres. E são elas majoritariamente que são submetidas a jornadas duplas ou triplas de trabalho, encarado muitas vezes como "ajuda" e sem remuneração.

No campo, essa realidade fica ainda mais marcante. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somente 1% das propriedades rurais do mundo estão em nome de mulheres. E na Reforma Agrária também o índice é baixo: menos de 15% das terras são registradas em nome de mulheres. Cerca de 6,5 milhões de agricultoras são analfabetas. O modelo de produção priorizado pelo Estado brasileiro - revelado com detalhes pelo último Censo Agropecuário - faz com que existam 15 milhões de sem-terra no país. Destes, no mínimo, 50% são mulheres. Por trás do grande número de pessoas sem acesso à terra, um dado do Censo expressa a contradição: apenas 1% dos proprietários de terras no Brasil detém 46% do território agricultável.

O agronegócio - que recebe a maior parte dos investimentos públicos para a produção - acumula mais um vergonhoso título para o Brasil. Depois de ser o principal consumidor de agrotóxicos, é agora o segundo país do mundo em área cultivada de transgênicos. Enquanto os países desenvolvidos seguem o caminho inverso, preocupando-se com a qualidade da alimentação, nossa população precisa se envenenar para garantir os lucros das transnacionais. Isso porque tentaram convencer o mundo que os transgênicos acabariam com a necessidade de pesticidas. Então como entender essa imensa quantidade de venenos para manter a produção transgênica? O Censo demonstrou que quase 80% dos proprietários rurais usam agrotóxico, muito mais do que o necessário. O imenso volume de herbicidas aplicados no Brasil contamina os solos, os mananciais e até mesmo o aqüífero Guarani. A contaminação chega até nós pela água que bebemos e pelos produtos agrícolas irrigados com a água contaminada.

Não faltam dados que comprovam os malefícios sobre a saúde humana dos agrotóxicos e dos transgênicos, muitas vezes sobre a mulher, como a contaminação do leite materno e impactos na fertilidade. Mas nada disso é motivo para o perverso modelo do agronegócio deixar de seguir seu rumo.

E por isso as mulheres camponesas se mobilizam, enfrentam a opressão e a exploração. Não aceitamos o silêncio. Todos os anos, assumimos a responsabilidade histórica legada pelas socialistas. Neste ano, nos organizamos na Jornada de Luta contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar. Vamos para as ruas em todo o país colocar para a sociedade nosso projeto, nossa alternativa pela saúde, pela autonomia, pela igualdade, pelo fim da exploração. Nos somamos com as mulheres das cidades, que também travam há décadas lutas fundamentais para toda a sociedade brasileira. Sabemos que é este o único caminho possível para conquistar nossos direitos.


* Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil





Combate ao Racismo Ambiental - http://racismoambiental.net.br/

terça-feira, 9 de março de 2010

Dia da mulher: pode ser não tão bom assim...





Hoje, mulheres realmente livres para amar e viver

não simpatizam muito bem com esse tal dia da mulher...

Já pensou que essa comemoração foi inventada por que a mulher,

realmente era “bicho” oprimido pelo “bicho” homem”, e o pior por ela mesma, e que por isso tornou-se questão de sobrevivência inventar esse dia especial para dizer de sua importância?

Um dia especial do ano como se tem algumas minorias, ainda oprimidas pelo mundo ocidental,

os índios, por exemplo.

Por isso, criticamente, não se sabe muito bem se ter um dia especial engrandece ou infantiliza a mulher...

Pode ser que não seja tão engrandecedor como parece ter um dia especial para se homenagear mulher.

A não ser amadurecêssemos tanto que déssemos conta de pensar

um dia especial também para nossos homens a quem amamos

como filhos, irmãos, pais, amigos e companheiros de tantas aventuras sensualmente amorosas...

Mas a cultura do dia da pobre mulher se instaurou, então é preciso tirar um proveito mais significador dela...

Por isso sinto e digo...



›"Mulher é desdobrável. Eu sou."
Moço, cuidado com ela!

Há que ter cautela com essa gente que menstrua...

Imagine uma cachoeira às avessas:

cada ato que faz, o corpo confessa.

Cuidado, moço!

Às vezes parece erva, parece hera.

Cuidado com essa gente que gera,

essa gente que metamorfoseia

metade legível metade sereia.

Barriga cresce, explode humanidades

e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar,

mas é outro lugar.

Ai é que está:

cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita...

sua boca maldita não sabe que cada palavra

é ingrediente que vai cair

no mesmo planeta panela.

Cuidado com cada letra que manda pra ela!

Tá acostumada a viver por dentro,

transforma fato em elemento

e tudo refoga, ferve, frita

ainda sangra tudo no próximo mês.

Cuidado, moço, quando cê pensa que escapou

é que chegou a sua vez!

Adélia Prado

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher - 8 de Março de 2010

Mensagem de Inés Alberdi, Diretora Executiva do UNIFEM

O ano de 2010 é um marco para os direitos das mulheres e para a igualdade de gênero, ao incluir o 15º aniversário da Plataforma de Pequim e o décimo aniversário da Declaração do Milênio e da Resolução 1325 do Conselho de Segurança. Faltam apenas cinco anos para que expire o prazo estabelecido para as Metas de Desenvolvimento do Milênio. Ao mesmo tempo, mulheres de todos os lugares, especialmente nos países em desenvolvimento, continuam encarando os enormes desafios da crise financeira global, da insegurança alimentar, dos desastres naturais e provocados pela ação humana e das mudanças climáticas. Enfrentar esses desafios, como deixou claro o relatório “O Progresso das Mulheres no Mundo 2008-2009”, do UNIFEM, requer responsabilização em todos os níveis.


Por esses motivos, chamamos a atenção para outra meta potencial em 2010 – uma mudança que estabelecerá uma nova entidade de gênero na ONU voltada para a igualdade de gênero e para o empoderamento das mulheres, fortemente apoiada pela resolução da Assembléia Geral da ONU de setembro de 2009. A avaliação do progresso das mulheres nos últimos quinze anos, que se está fazendo na reunião Pequim+15 evidenciará, uma vez mais, que, apesar do avanço nas estruturas normativas, falta um impulso na implementação. Avançar no contexto desta resolução é oportuno, também, no contexto da campanha “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, proposta pelo Secretário-Geral da ONU, com prazo até 2015, o mesmo das Metas do Milênio. Além disto, reflete os esforços para melhorar a responsabilização na implementação da Resolução 1325, do Conselho de Segurança, que reconhece o papel fundamental desempenhado pelas mulheres em todos os aspectos da reconstrução pós- conflitos.


Nas últimas semanas, temos percebido o significativo papel das mulheres na ajuda à reconstrução dos países assolados por desastres. Após o devastador terremoto que destruiu o Haiti, as mulheres, que chefiam aproximadamente metade das famílias no país, têm tomado a liderança nos esforços de reconstrução, cuidando de suas comunidades, improvisando refeições comunitárias e atendendo às crianças. A equipe do UNIFEM no Haiti testemunhou mulheres em abrigos temporários tentando construir uma sensação de segurança para seus familiares, estabelecendo redes de ajuda e dividindo o que tem com as pessoas da comunidade.


Duas semanas atrás, a Presidente do Chile, Michele Bachelet, viajou ao Haiti para expressar solidariedade à luta dessas mulheres por reconstruir suas vidas e suas comunidades – e nesta semana ela está inspirando o seu próprio país a se fortalecer após outro terremoto devastador. Este é o tipo de liderança, desde a comunidade até os níveis mais altos, que as mulheres tem demonstrado em todos os lugares, buscando superar conflitos e crises. Mas, ao contrário do Chile, as mulheres raramente participam dos processos decisórios relativos à ajuda ou aos recursos, ou do planejamento da ação para desastres futuros.


A segurança humana e a assistência humanitária, assim como o desenvolvimento humano, requerem um grande número de mulheres em todas as instâncias decisórias. Certamente o mundo fica em grande dívida para com as mulheres no Haiti e do Chile.









UNIFEM Brasil e Cone Sul

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domingo, 7 de março de 2010

"Uma Maria especial”

Por racismoambiental, 07/03/2010 13:43




MARIA DA PENHA – Continua lutando contra a impunidade (Foto: Iracema Chequer – Agência Estado)


Para Maria da Penha, a brasileira que deu nome à lei 11.340, a qual coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher, só uma coisa pode ser pior do que a dor de ficar paraplégica e sofrer duas tentativas de homicídio, praticadas pelo pai das suas três filhas: a omissão do Estado.A reportagem é de Roberta Sampaio e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 07-03-2010.Para Maria da Penha, a brasileira que deu nome à lei 11.340, a qual coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher, só uma coisa pode ser pior do que a dor de ficar paraplégica e sofrer duas tentativas de homicídio, praticadas pelo pai das suas três filhas: a omissão do Estado.

A reportagem é de Roberta Sampaio e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 07-03-2010.

“As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida”, desabafa a biofarmacêutica cearense, que lutou por quase 20 anos para ser contemplada pela Justiça – ainda que nos moldes brasileiros. Explica-se: seu ex-marido, Marco Antonio Heredia Viveros, foi condenado a dez anos e seis meses de prisão, mas cumpriu só dois anos em regime fechado. Hoje encontra-se em liberdade.

Maria enfrentou uma luta solitária contra a impunidade durante oito anos. Depois, buscou o apoio de ONGs . Até que, em 2001, 19 anos e 6 meses após o crime que a deixou paraplégica, conseguiu que a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) acatasse, pela primeira vez na história, um caso de violência doméstica. “O Brasil foi condenado internacionalmente quando faltavam seis meses para a prescrição do crime.”

Em 2008, recebeu uma indenização de R$ 60 mil do governo cearense, uma sugestão da OEA, instituição que a amparou depois que seu processo foi esquecido no Fórum de Fortaleza. Foi graças a sua insistência e determinação, portanto, que o seu caso não teve o mesmo desfecho do de tantas outras brasileiras (vivas ou mortas) cujos agressores são beneficiados pela omissão da Justiça, poder econômico e “brechas” da legislação.

Agora é bem fácil de entender por que Maria da Penha não se dá por satisfeita, apenas, com a existência da lei 11.340, que foi sancionada pelo presidente Lula em 7 de agosto de 2006, e cria mecanismos para punir agressões contra a mulher, no ambiente doméstico ou familiar. “Busquei a justiça que pensava que existia. Mas conheci um lado da Justiça que não funciona.” Hoje, seu maior compromisso é batalhar para que a lei que leva seu nome saia do papel. Por isso, em novembro, fundou o Instituto Maria da Pena (IMP).

“O IMP foi criado para divulgar a Lei e monitorar a sua aplicação.” Com sede em Fortaleza, sua cidade natal, o instituto já atua em Recife, onde há um alto índice de violência contra a mulher. “Pretendemos expandir o trabalho para outras capitais.” Entre as ações, está a promoção de cursos para capacitar pessoas nas comunidades. “Queremos formar multiplicadores, para que localizem vítimas e as encaminhem para centros de referência, que vão cobrar do Estado a aplicação da Lei.” Também quer criar o Observatório da Lei Maria da Penha, formado por núcleos de monitoramento, para acompanharem a aplicação da Lei, levando os resultados para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) – órgão federal, com status de ministério.

“É importante que as mulheres apontem onde está a falha para que a Lei seja posta em prática”, ressalta. “Por exemplo, se alguém denuncia à polícia o espancamento da vizinha, mas o policial vai lá e não prende o agressor, deve relatar isso.” Num caso como esse, orienta, a pessoa deve ligar para o 180, serviço de atendimento à mulher da SPM, que funciona por 24 horas e permite ligações gratuitas, até do orelhão.

“Tanto pode ligar para pedir a indicação da delegacia da mulher mais próxima, como para denunciar uma falha na aplicação da Lei.”

EMBLEMÁTICA

Maria da Penha escapou da morte duas vezes. Na primeira, seu ex-marido, o então professor universitário e economista Marco Antonio Heredia Viveros, lhe deu um tiro de espingarda nas costas enquanto dormia. Para não ser responsabilizado pelo crime, simulou um assalto, versão que foi desmontada pela perícia policial.

Ela passou quatro meses hospitalizada, submetendo-se a várias cirurgias, entre Fortaleza e Brasília. “Não sabia que tinha sido ele que atirou. Tomei conhecimento desse boato por meio de uma amiga que foi me visitar no hospital. Na hora, não dei crédito, mas também não desconsiderei.”

O ex-marido já tinha comportamento agressivo com ela e as filhas (na época, com 6, 5 e 1 ano e 8 meses), mas não imaginava tal atrocidade. Além disso, estava mais preocupada com seu futuro, pois corria o risco de ficar paraplégica, o que acabou se confirmando.

De volta para casa, numa cadeira de rodas, o ex-marido tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro. “Após esse episódio, minha família providenciou que eu saísse de casa, por ordem judicial. Se tivesse feito isso antes, poderia ser acusada de abandono do lar.”

O que se seguiu a isso foi a luta de duas décadas para colocar seu algoz na cadeia, e também para dar conta da própria vida, numa cadeira de rodas, com três filhas pequenas para criar. Hoje, sexagenária, comemora a felicidade das filhas. “São mães, casadas, vivem bem. São o meu apoio.”

Mantém uma agenda intensa de trabalho, na Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), onde é coordenadora, e no novo Instituto Maria da Penha. “Meu compromisso é dia e noite. Não deixo de pensar e de levar ideias para sermos uma referência nacional na aplicação da Lei”, afirma ela, por celular, enquanto saía de uma das avaliações médicas às quais tem de se submeter, por causa das limitações físicas.

Perguntada sobre o sentimento que guarda em relação a tudo o que passou, responde, sem titubear: “O sentimento de muito compromisso com a causa. Não quero que uma mulher que tente sair da situação de violência desista porque não encontrou apoio.”

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=30444

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dia Internacional da MUlher



Grupo de mobilização do Movimento Marina Silva Presidente
Este é um convite para você participar do Movimento Marina Silva Presidente: uma campanha apartidária e não-institucional para que Marina Silva seja Presidente do Brasil. Identificamos em Marina uma forte liderança política e ambientalista com capacidade para assumir a Presidência da Republica.

Apostamos na candidatura dessa mulher, brasileira e planetária, com potencial político e pedagógico para expressar a emergente - e emergencial - transição para a Democracia com Sustentabilidade. Marina tem força para concretizar as mudanças e transformações fundamentais que poucas lideranças políticas, hoje, teriam a capacidade de acessar para tornar realidade.

A candidatura de Marina tem potencial para educar a sociedade brasileira para encontrarmos novos caminhos políticos diferentes das arriscadas ofertas dos partidos para a sucessão presidencial. Juntos poderemos construir sociedades sustentáveis em suas dimensões social, econômica, ambiental, política, ética.


Marina tem experiência política significativa nos poderes legislativo e executivo, conquistou um forte reconhecimento internacional pelas causas planetárias que representa, tem uma postura ética inegável, pois se baseia na defesa da Vida.


Este movimento é uma expressão da força inovadora das redes sociais, que buscam um modo diferente de construir legitimidade política, voltada para outras dinâmicas e anseios societários, sem se preocupar, no momento com restrições partidárias.


Nós, cidadãos e cidadãs, precisamos assumir responsabilidades individuais e coletivas para com o conjunto da sociedade em nossa convivência com os outros seres da Natureza. Nossas escolhas afetam a todas e a cada pessoa, o local e o global. Temos uma chance agora.


Este é também um esforço coletivo para que Marina Silva se sensibilize com esta proposta. Quanto maior o apoio de convencimento, maior a chance de Marina aceitar assumir a força de sua liderança.


LEMBRETE: esta é uma iniciativa de cidadania ambiental e ética, formada por sujeitos históricos e ecológicos e ainda não possui vínculo com a própria Marina Silva.


Seja co-responsável pela Democracia com Sustentabilidade.


Acesse o site www.marinasilvapresidente.com.br e inscreva-se para fazer parte da rede de mobilização.


Abraços e esperança,


Grupo de mobilização do Movimento Marina Silva Presidente

quinta-feira, 4 de março de 2010

Feijoada do PV Mulheres - “Lugar de Mulher é na Política”

Dia Internacional da Mulher


O movimento mulheres verdes no poder, do PV Mulheres Mato Grosso promove no próximo 08 de março a primeira Feijoada – Dia Internacional da Mulher – “Lugar de Mulher é na política” – na pracinha da mandioca. Na ocasião estarão reunidas mulheres de diversos segmentos da sociedade, o evento é um encontro festivo e político; “ Nós mulheres do PV vivemos um momento especial, a presença de nossa candidata Marina Silva muito nos inspira, Mato Grosso inaugurará na próxima eleição um novo momento em nosso desenvolvimento, a exemplo do Brasil, estaremos construindo um amanhã com respeito sócio-ambiental mútuo na comunidade, desde as frentes de poder até a ação rotineira do cidadão, numa defesa real do planeta e do homem. Estamos esperando todos para um momento festivo” comentou Lis Andréa, presidente estadual do PV Mulheres. O evento acontece a partir das 17 horas, contará com uma deliciosa feijoada e samba da melhor qualidade, o Azambuja Bar receberá o evento- “Atendemos prontamente a solicitação das “meninas”, estamos contentes de contribuir com este movimento. Esta praça historicamente representa muito a história política de Cuiabá e de Mato Grosso, de modo particular, foi o lugar de grandes lutas e mobilização popular”, explicou Mário César proprietário do Azambuja Bar.

O PV espera reunir militantes e simpatizantes da causa verde e da candidatura de Marina Silva.

quarta-feira, 3 de março de 2010

As eleições de deputados. Como é que funcionam?

segunda-feira, 1 de março de 2010


Postado por José Carlos Lima às 17:48


Sabe, uma coisa que o povo não compreende é a eleição de parlamentares - vereadores e deputados. Oh troço complicado! Até para explicar é difícil.

O povo vota e quando confere o resultado, sente que não votou naqueles que foram eleitos. Não é estranho isso?

Semana passada, quando expliquei o sistema eleitoral para algumas pessoas de nível superior, assustei-me com o espanto dessas pessoas. Elas simplesmente desconheciam a fórmula pela qual os seus representantes são eleitos. Alguns chegaram a perguntar: - porque não explicam isso para a população? Será que conseguirei explicar aqui um sistema tão complexo? Vou tentar.

As eleições começam dentro dos partidos políticos. É a direção dos partidos que filia e escolhe pessoas para serem os seus candidatos nas eleições. Para ser candidato a pessoa precisa estar filiado um ano antes das eleições. Não existe candidato avulso. Todos os candidatos precisam estar filiados a um partido ou não podem concorrer.

Depois de filiados, as pessoas que pleiteiam uma vaga na chapa, precisam receber aprovação da convenção dos partidos.

Cada partido lança uma chapa com o nome dos seus candidatos. O partido que não tem número de candidatos suficientes ou candidato com pouca expressão de voto, pode se juntar com outros partidos e formar uma coligação. Então, a chapa é do partido ou de uma coligação.

Na eleição cada eleitor escolhe um candidato ou apenas vota na sigla do partido. A soma dos votos atribuídos aos candidatos e a legenda partidária é que determinará quantas vagas aquele partido ou coligação terá direito.

Entenderam até aqui? Vamos pra frente.

O partido só participará da distribuição de vagas se a soma alcançar um número mínimo de votos, o chamado quoeficiente eleitoral. Como é obtido este quoeficiente? Pega-se o número de votos válidos e dividi-se pelo número de cadeiras do parlamento.

Exemplo: O Pará tem hoje 4,5 milhões de eleitores. Se votarem quatro milhões de eleitores, basta pegar esse número e dividir por dezessete (que é o número de vagas a deputado federal) teremos o quoeficiente eleitoral de 235.000. O partido ou coligação para eleger um deputado federal terá que obter este número de votos.

Alcançado o número mínimo e tendo direito a sua primeira vaga, qual será o deputado eleito? Será aquele com o maior número de voto do partido.

Trocando em miúdos. O eleitor, para não se sentir enganado, precisa saber desta regras e raciocinar sobre elas antes de votar neste ou naquele candidato. Pois o sistema eleitoral brasileiro é combinado entre o voto na pessoa e no seu partido.

Para ficar mais bem esclarecido. Se você escolhe votar num candidato a deputado, precisa logo saber qual é o partido dele, quais as chances que ele tem de se eleger, quais os outros integrantes da chapa. Estas informações são muito importantes.

Se o candidato que você escolheu tem chance de chegar às primeiras colocações dentre aqueles do partido a que pertence, ótimo. Seu voto será vitorioso e bem aproveitado. Mas se o seu candidato tem pouca chance, seu voto será contado para outro candidato mais bem colocado no partido.

Os eleitores não fazem essa análise, até alguns candidatos que desconhecem as regras, mas os caciques políticos manejam-na muito bem. Os partidos, ao construírem suas chapas, escolhem um grupo seleto primeiro e completam-na com pessoas populares, distribuídos por áreas ou por segmentos sociais importantes. Assim, conseguem sempre eleger as mesmas pessoas, por isso é que nada muda no País.

José Carlos Lima
Belém, Pará, Brasil
Presidente do PV Estadual
Veja o meu Twitter

terça-feira, 2 de março de 2010

ÁFRICA: Uma década para promover as mulheres

(01/03/2010 - 16:47)


Omer Redi Ahmed

Adis Abeba, 24/2/2010, (IPS) - A União Africana (UA) realizará, entre 2010 e 2020, a Década das Mulheres, para que os assuntos de gênero sejam integrados às políticas das nações do bloco, que será apresentada oficialmente no dia 15 de outubro, Dia Mundial das Mulheres Rurais

O temor de que o impacto da crise econômica mundial afete o financiamento de várias áreas do desenvolvimento aumentou. Vários governos já reduziram seus orçamentos para combate ao HIV/aids, e sócios bilaterais e multilaterais fizeram o mesmo. A Tanzânia foi o primeiro país a anunciar a redução orçamentária de 25% no começo de 2009. Os temas de gênero, que já recebem os menores fundos na maior parte da África, sofrerão ainda mais.

Segundo o informe “O progresso das mulheres no mundo 2008”, publicado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), os orçamentos governamentais são a maior fonte individual de financiamento para a igualdade de gênero e o poder feminino na maioria dos países. Mas, mesmo com uma assistência ao desenvolvimento representando entre 5% e 10% dos orçamentos nacionais, as somas realmente destinadas à igualdade de gênero são insignificantes e frequentemente difíceis de quantificar, pela falta de dados separados por sexo.

Isto animou o Conselho para as Mulheres e o Gênero da UA a iniciar a Década das Mulheres Africanas, para impedir que os assuntos dessa área fiquem fora dos orçamentos dos Estados-membros. “Vemos a crise financeira e percebemos que, se não atrairmos atenção novamente, não poderemos obter apoio financeiro. Estaremos perdidos. Nossos orçamentos se desmancharão no âmbito nacional, e não poderemos implementar as iniciativas”, disse Litha Musyimi-Ogana, titular do Conselho.

Segundo Ogana, a Década das Mulheres Africanas também é um mecanismo para acelerar a implementação e o êxito dos objetivos que constam em várias declarações, protocolos e convenções que a UA adotou. Entre eles, quatro são documentos fundamentais: a Seção 4/L da Lei Constitutiva da União Africana, o Protocolo diante da Carta Africana sobre Direitos Humanos e dos Povos sobre os Direitos da Mulher na África, a Solene Declaração sobre Igualdade de Gênero, e a Política de Gênero da União Africana, bem como o que o Fundo Africano para as Mulheres define como a “arquitetura de gênero” do bloco.

A Solene Declaração exorta os Estados-membros a criarem campanhas para erradicar a violência contra as mulheres. Além disso, no dia 30 de janeiro, a UA lançou a Campanha África Unida para Acabar com a Violência contra as Mulheres. Em linha com o artigo 5 da Declaração e do Protocolo, a UA deu prazo aos Estados-membros até 2020 para conseguirem uma representação política feminina de 50%. Mas, mesmo antes que possíveis reduções orçamentárias pairem sobre a agenda de gênero, Ogana disse que incorporar estes direitos às políticas dos países-membros é um desafio para a UA.

“Queremos usar o lançamento da Década para pressionar os governos a fim de que trabalhem duramente nos assuntos das mulheres, que aqueles que não ratificaram os vários documentos os ratifiquem, e que os que já o fizeram coloquem dinheiro na implementação”, disse Ogana. Espera-se que cerca de 80% das mulheres das zonas rurais da África sejam beneficiadas com as ações adotadas durante esta Década, segundo ela.

Promessa de igualdade

O foco estará em dez áreas. Estas incluem poder econômico das mulheres, maior acesso a terras cultiváveis, insumos agrícolas, crédito, tecnologia e ao mercado, além de acesso a água para conseguir segurança alimentar. Também estarão focadas a melhoria da saúde feminina para reduzir a mortalidade materna e o HIV/aids, além da igualdade em todos os níveis de ensino e nos processos políticos eleitorais. Como antecipação do lançamento, no dia 2 deste mês, foi anunciado o Fundo Africano para as Mulheres, na Assembleia da UA, em Adis Abeba. O Fundo buscará apoiar a implementação de várias iniciativas e protocolos que os países africanos ratificaram.

Os recursos do Fundo serão destinados a uma série de atividades para criar infraestrutura que a UA pretende usar para ajudar os países-membros a implementar os direitos femininos consagrados em vários instrumentos políticos. As principais fontes de financiamento do Fundo serão as contribuições dos Estados-membros e dos doadores, segundo a Divisão de Comunicações e Informação da União Africana.

Os preparativos para o lançamento da Década das Mulheres Africanas começaram em março de 2009. Durante este período, a Comissão da UA ouviu várias redes de ativistas sobre o que aspiram conseguir nestes dez anos. “A Década apresenta uma nova oportunidade para levar os direitos femininos na África a um nível superior”, disse à IPS Roselynn Musa, encarregada de Informação e Documentação no Fundo de Desenvolvimento das Mulheres Africanas, entidade sem fins lucrativos com sede na cidade de Accra, em Gana.

Promessas não cumpridas

Uma avaliação africana da Plataforma de Ação Pequim (Pequim+15), realizada em novembro, retrata um panorama sombrio, no qual o continente não consegue cumprir seus compromissos em matéria de igualdade de gênero. Os avanços no êxito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) também serão avaliados em reunião de alto nível em setembro. Até agora, diz-se que a África não está promovendo a igualdade de gênero, o terceiro dos oito ODM. Segundo Musa, a África “chegou a uma etapa onde a implementação tem de receber maior atenção”.

Em entrevista por correio eletrônico, a diretora da Femmes Africa Solidarité, Bineta Diop, disse à IPS que, para implementar as declarações e os diferentes instrumentos adotados pela UA, é preciso avançar na educação e na saúde das mulheres, bem como nos esforços para acabar com a violência contra elas. Apesar das promessas que a Década pode trazer, a igualdade de gênero e o poder das mulheres não figuram entre as prioridades do novo líder da UA, o presidente de Malawi, Bingu Wa Mutharika.

Ele justificou a exclusão, dizendo que os assuntos das mulheres seriam integrados a todos os programas do bloco. Mutharika também afirmou estar comprometido com a concretização dos objetivos da Década. “Confio nas mulheres e faremos tudo para apoiá-las”, ressaltou. IPS/Envolverde (FIN/2010)

Fonte: IPS http://www.mwglobal.org