quarta-feira, 31 de março de 2010

Porque o Brasil precisa de Marina Silva

Publicado em 30/03/201
wiki repórter
luizeugenio
Aquidauana-MS



Senadora Marina Silva redimensiona a disputa ao planalto. - Foto: wordpress

A contribuição de Fernando Henrique Cardoso na construção do fenômeno conhecido como estabilidade econômica, os discutíveis, porém inegáveis avanços sociais obtidos por Lula e sua troupe, apontam que o País encontra-se numa fronteira estratégica, daquelas que colocam o futuro de uma nação no liame. Após a democratização conquistada pela sociedade ao longo de mais de 20 anos de ditadura militar, alguns parâmetros foram definidos no interior da dinâmica republicana.

Neste sentido, o aspecto econômico revela-se o mais nítido demonstrativo prático teórico de tais parâmetros. Excluindo-se os obscuros processos de privatização impetrados e executados pelos intelectuais de FHC, num claro e servil atendimento aos ditames do consenso de Washington, além, é claro, da manutenção, pelo bando de economistas do governo Lula, dos grandes esquemas especulativos do setor bancário, a economia parece configurada a se organizar a partir de um sistema que garanta ao Estado o dever e o poder de prover a sociedade de alguams conqusitas básicas, elementares até no campo da cidadania.

Representam bem este fator o fortalecimento das agências reguladoras dos serviços de alcance público. A última grande crise do capitalismo global deixou bem clara a necessidade dos organismo do Estado se fazerem presentes e ativos nos mecanismos do mercado, tendo ainda o comprometimento de arcar com a salvaguarda da estabilidade política e social. O que se estabeleceu pode ser uma relação dialética, na qual estíumulos protagonizados pelo Estado tendem a promover melhorias na qualidade vida da população. Vê-se que estamos perto do limo. Está colocada a necessidade de uma liderança política capaz de mobilizar a sociedade em direção aos avanços que dignificariam a vida em nosso país.

Qualquer cidadão minimamente informado deve compreender que está na hora de cruzar a linha da mesmice e proporcionar à nação a reestruturação de prioridades, principalmente aquelas que podem colocar em pauta aspectos geralmente excluídos dos modorrentos e limitados debates atuais, centrados nas candidaturas de Serra e Dilma. Entre estes fatores, podemos citar a definição de uma política de exploração racional dos recursos hídricos nacionais, o esclarecimento estratégico da exploração dos recursos minerais com ênfase republicana à questão do pré-sal, produção de energia sem deixar de colocar a educação no centro das ações e elaborar finalmente um projeto revolucionário para este setor, fugindo radicalmente da demogagia dominante que norteia a disputa ao plananlto.

Dizer que o Brasil "precisa" de Marina Silva significa afirmar com convicção que é necessário avançar em debates profundos e estratégicos para reescrever a história do Brasil. Somente uma liderança radical e cândida como a senadora acreana tem o perfil adequado para incorporar novos valores ao expectro político brasileiro. Marina denuncia as obscuridades da política brasileira com clareza, humilde o suficiente para admitir que o arrogante Lula - ao lado de Chico Mendes - foi um dos principais tutores de sua formação política.

É também crítica o suficiente para expor os equívocos estratégicos deste e de qualquer governo além de encantar com singeleza, simplicidade e brasilidade a todos que param para ouvi-la. Acalma a dor civil provocada pela falta de horizontes, sacia a carência objetiva da majoritária política brasileira atual, desafia uma nação com a meiguice de seu olhar amazônico... Afinal: o que queremos deste País? O lodo do mais ou menos ou o resgate de nossas mais puras utopias?

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