25/03/2010
Relatório do UN-Habitat revela que os processos de urbanização não contribuíram para a redução da desigualdade social e da pobreza; região tinha 561 milhões de habitantes em 2007, quase 25% desse total formado por pessoas que viviam com menos de US$2 por dia.
Desigualdade social
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
A desigualdade continua sendo um dos maiores desafios das cidades da América Latina e do Caribe.
Essa é uma das principais conclusões de um estudo sobre a região lançado nesta quinta-feira durante o 5º. Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro.
Altos
O primeiro relatório 'Estado das Cidades da América Latina e Caribe' foi produzido pelo Escritório Regional do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, UN-Habitat, em parceria com a Federação Latinoamericana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais e a Assembleia Geral de Ministros e Autoridades Máximas de Moradia e do Urbanismo para a América Latina e o Caribe.
O documento mostra que houve ligeira redução da desigualdade e da pobreza entre 1990 e 2008, em países maiores como o Brasil e o México, mas os níveis ainda são muito altos se comparados com o restante da região.
A Colômbia tem uma das maiores taxas de desigualdade da América Latina e a Venezuela se destaca por ser a única a reduzir os índices entre as nações de rendimento médio.
Pobreza
Segundo o relatório, a região tinha 561 milhões de habitantes em 2007, quase 25% desse total formado por pessoas que viviam com menos de US$2 por dia, e 10% em estado de pobreza extrema, com menos de US$1. A pobreza afeta entre 12% e 19% da população brasileira.
O documento também ressalta que algumas cidades latinoamericanas vem contribuindo para a urbanização adequada. Durante o lançamento no Rio, a diretora do escritório do UN-Habitat para a região, Cecilia Martinez, destacou o intercâmbio entre gestores municipais da Argentina, Brasil, Colômbia e outros países.
Ela ressaltou, no entanto, que os processos de urbanização não contribuíram para a redução da desigualdade social e da pobreza, que continuam aumentando, estimuladas por altas taxas de desemprego e baixos salários.
Fonte: http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/178028.html
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