domingo, 28 de março de 2010

O impacto da comunicação digital nas ações políticas

Internet, política e ambientalismo
f@biano.com.br




Transportando a eficácia da internet como ferramenta de comunicação para a política, Fabiano Carnevale explicou como o PV enxerga as possibilidades de relacionamento com seus eleitores. “O político ainda vê a internet como um canal de propaganda e marketing. A internet é um canal com a capacidade de mudar a política”, salienta o profissional, citando o deputado federal Fernando Gabeira como um exemplo de parlamentar que sabe usar os recursos digitais. “Ele está atuando na web desde 98 e sempre apostou nela como um espaço para trabalhar as ações políticas”.
Fabiano, no entanto, é cético em relação ao papel decisivo que a internet pode ter nas eleições de 2010. “Eu não acho que a internet vai eleger nem derrubar candidato. O papel da web começa na rua, vai para as redes, volta para a rua e cria-se uma dinâmica. A internet não vai resolver todos os problemas da humanidade”, pondera, diminuindo a importância da ‘estratégia’ criada atualmente pelos partidos. “Cada militante cria sua própria estratégia e transmite para outros. O que fazemos é apenas municiá-los. Você não consegue mais controlar esses milhares de transmissores”.
O secretário de comunicação do PV acha que será cada vez mais reduzido o número de políticos pré-fabricados, sem passado e sem propostas. “Não sei se vai ser na próxima eleição, talvez na outra. Mas será cada vez menor o espaço do candidato vendido pelo marqueteiro”.
Especialista no assunto, Lula Vieira concordou plenamente com a afirmação de Fabiano. “A internet nos mostra todos os dias que o pré-fabricado não existe mais. O Jânio Quadros viajou o País inteiro e criou um tipo. Hoje, isso seria impossível, pois acompanhamos o candidato o tempo todo. O profissional que cair na besteira de tentar fabricar um político fica sem nada na mão. Existe eleitor para toda linha política, da adoção de cachorros até a economia global. Agora, essa ideia de inventar político morreu. Cada vez mais quem tem valor chegou lá porque tem algo dentro de si”, argumenta.

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